25 de junho de 2009

Centenário do Café Piolho


Convite para as cerimónias comemorativas do Centenário do Piolho, a terem lugar neste espaço, nos próximos dias 26 e 27 de Junho.


26 de Junho

11h00m
Actuação de Tunas da Academia.
12h00m
Descerramento de placa comemorativa, oferta da Federação Académica do Porto.
Lançamento da linha de merchandising «Piolho».
18h00m
Oferta de placa pela Câmara Municipal do Porto com a presença do Presidente da Câmara, Dr. Rui Rio.
22h00m
Homenagem musical ao Piolho.


27 de Junho

11h30m
Eucaristia celebrada por D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, na Igreja das Carmelitas.
12h30m
Tertúlia/Debate sobre o passado do Piolho e o futuro do Porto, com D. Manuel Clemente.

Apareçam!

23 de junho de 2009

Bom S. João 2009!

Ideia do Silêncio | Giorgio Agamben

Numa recolha de fábulas dos fins da Antiguidade lê-se este apólogo:

"Os Atenienses tinham por hábito chicotear a rigor todo o candidato a filósofo, e, se ele suportasse pacientemente a flagelação, poderia então ser considerado filósofo. Um dia, um dos que se tinham submetido a esta prova exclamou, depois de ter suportado os golpes em silêncio: 'Agora já sou digno de ser considerado filósofo!' Mas responderam-lhe, e com razão: 'Tê-lo-ias sido, se tivesses ficado calado.'"

A fábula ensina-nos que a filosofia tem certamente a ver com a experiência do silêncio, mas que o assumir dessa experiência não constitui de modo nenhum a identidade da filosofia. Esta está exposta no silêncio, absolutamente sem identidade, suporta o sem-nome sem encontrar nisto um nome para si própria. O silêncio não é a palavra secreta - pelo contrário, a sua palavra cala perfeitamente o próprio silêncio.

16 de junho de 2009

Estás em choque? Vai ouvir poesia!!!

Na próxima quinta-feira, dia 18, pelas 21h30m, tem lugar mais uma sessão de POESIA DE CHOQUE no Clube Literário do Porto com A. Pedro Ribeiro e Luís Carvalho.

Os convidados musicais são Sara (voz) e Blandino (guitarra). «Vai ser mesmo a rasgar» (citação dos mentores do evento).

Apareçam!

P.S. Pelo sim, pelo não, levem uma aspirina!

13 de junho de 2009

Ideia da Luz | Giorgio Agamben

Acendo a luz num quarto escuro; é um facto que o quarto iluminado já não é o quarto escuro, que perdi para sempre. E no entanto: não será ainda o mesmo quarto? Não será o quarto escuro o único conteúdo do quarto iluminado? Aquilo que não posso ter, aquilo que, ao mesmo tempo, recua até ao infinito e me empurra para diante, não é mais que uma representação da linguagem, o escuro que pressupõe a luz; mas se renuncio a captar esse pressuposto, se volto a atenção para a própria luz, se a recebo - então aquilo que a luz me dá é o mesmo quarto, o escuro não hipotético. O único conteúdo da revelação é aquilo que é fechado em si, o que é velado - a luz é apenas a chegada do escuro a si próprio.

7 de junho de 2009

4 de junho de 2009

Para o Avô Tone

O último post que publiquei ganhou vida e, de facto, não tive tempo para escrever a história do meu avô. A casa está mais vazia e as saudades apertam mas as memórias estão em mim!

Para quem não conheceu o avô Tone, ele adorava viver, sorrir, contar anedotas malandrecas e adivinhas, andar de bicicleta, beber o seu copito e, nos momentos de inspiração, cantar o fado! Não me esqueço da vez que fomos a Espanha e nos unimos, ele para beber e escapar à censura da minha avó, eu para fumar e escapar à censura dos meus pais. Depois, é também inesquecível a ida à Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Durante a viagem falou-me das suas façanhas sexuais e, quando o deixei para tratar de burocracias, lá foi contar anedotas para o bar dos alunos.

Uma amiga deu-me um texto no dia da separação física, do qual transcrevo o seguinte excerto:

A vida significa tudo o que sempre significou.
É a mesma que sempre foi.
Existe uma inquebrantável continuidade.

Devo eu, só por não ser visto, estar ausente do pensamento?

Estou à tua espera. Num intervalo.
Aqui bem perto.
Mesmo ao virar da esquina.

Por isso, avô, só podia rematar esta mensagem com uma adivinha e desculpa se estou a contar mal: estão duas mulheres na rua à chuva. Que horas são? Falta um quarto para as duas!

Até já avô.
Beijo imenso

‘Esperança’, essa coisa de penas feita | Emily Dickinson

‘Esperança’, essa coisa de penas feita – Que assenta na alma – E trauteia a melodia sem quaisquer palavras – E nunca pára, de forma al...