Kafka escreveu a carta ao Pai.
Eu escrevo ao António Tomé.
Quando dizia poesia, fui a uma feira de artesanato e conheci
o Tomé!
Queria um colar da minha tatuagem do Om. Fazia esmalte, mas,
na altura, estava também a fazer trabalhos em prata. Seguimos.
O Tomé era Alguém que nos fazia sorrir e que tornava tudo
leve…
Professor primário, artesão, natural do Pinhão.
Foi uma Luz no meu mundo cinzento. Facilmente recreava dias
perfeitos. Parou o meu tempo.
Obrigada Tomé:
- Pelo achigã que comemos e pescámos (odeio pescar);
- Quando me acompanhaste à FLUP para receber o prémio de curso;
- Por caminhares ao meu lado de olhar limpo.
(...)
Depois, a vida segue e afastámo-nos.
Deixei de ir a feiras de artesanato.
E um dia, ousei e perguntei por ti…. Queria muito que
tivesses conhecido o F. ‘Tinhas tocado a campainha’ (private joke).
Recebi a notícia da tua viagem. Comprei um anel e agarrei-me
a F.
Até já Tomé e faça o favor de olhar por nós =)