Um momento, não se trata do poema «Muriel» de Ruy Belo, por nós já aqui guisado, mas sim do espanto com que, hoje de manhã, me deparei ao ler o Jornal de Notícias, designadamente o espaço referente aos Média: «’Telerural’ alvo de queixas».
Fico estupefacta quando as principais queixas recaem no facto da linguagem empregue ser conotada de «boçal» e «ofensiva». Pasmo tanto maior pois foi com o dinheiro dos contribuintes que o comediante ou seja lá o que for, de seu nome Fernando Rocha, fez currículo no canal 2 da RTP ao roçar o limiar da higiene e sanidade do legado de Camões com a linguagem mais grosseira, grotesca, rude, estúpida, idiota e ignorante a que tive a perda de tempo a assistir.
Fico estupefacta quando as principais queixas recaem no facto da linguagem empregue ser conotada de «boçal» e «ofensiva». Pasmo tanto maior pois foi com o dinheiro dos contribuintes que o comediante ou seja lá o que for, de seu nome Fernando Rocha, fez currículo no canal 2 da RTP ao roçar o limiar da higiene e sanidade do legado de Camões com a linguagem mais grosseira, grotesca, rude, estúpida, idiota e ignorante a que tive a perda de tempo a assistir.
Não deixa de ser curioso também que, para validar, triangular e corroborar opiniões e argumentos, esta sociedade eleja a expertise como mote. Desta feita, cabe ao expert ou especialista em Televisão, de seu nome Rui Cádima, aferir que «o 'Telerural' não é um programa de serviço público, pois roça o mau gosto e é um bocado boçal».
De facto, sempre foi complicado fazer programas de humor em Portugal, ou porque não há talento, ou porque se fragilizam lobbies e instituições seculares ou porque se recorre à brejeirice…
Da minha parte, força rapazes, Quim Roscas e Zé Estacionâncio, e viva Curral de Moinas!
De facto, sempre foi complicado fazer programas de humor em Portugal, ou porque não há talento, ou porque se fragilizam lobbies e instituições seculares ou porque se recorre à brejeirice…
Da minha parte, força rapazes, Quim Roscas e Zé Estacionâncio, e viva Curral de Moinas!