21 de junho de 2010

Os (in)equívocos noticiosos

«Global», ou talvez não, o jornal ainda pontua como veículo de divulgação informativa para apropriação crítica do leitor. Contudo, há notícias de difícil digestão!

Cumpra-se a máxima de ‘vida polémica, morte polémica’ no referente a José Saramago. Independentemente das afinidades e eleições reconheça-se, pelo menos, a perda incontornável do ser humano e do escritor. E no pós-luto emergem notícias que se destacam pelo tom jocoso e expiatório (é esta a minha apropriação), como referir «Pilar del Rio despediu-se do marido sem lágrimas».

Completamente despropositado, indago até que ponto uma perda é quantificada em lágrimas (e não vem ao caso o papel das carpideiras por ofício sob risco de desidratação). As dúvidas persistem na mise-en-scène das cerimónias fúnebres: Quantos litros de lágrimas devemos produzir e expelir? E em que momentos da cerimónia? A apresentação deve ser estudada ou um desalinho completo para evidenciar a dor?

‘Esperança’, essa coisa de penas feita | Emily Dickinson

‘Esperança’, essa coisa de penas feita – Que assenta na alma – E trauteia a melodia sem quaisquer palavras – E nunca pára, de forma al...