falaste?
turvaste a água!
é morte de homem?
a que cheira então?
isso que fede é o cheiro da injúria, da afronta
da escória da memória.
falaste, soltaste a língua
abriste a palavra aos outros:
vem-te à boca agora
o hálito alheio
e respiras o sabor
do que tinhas engolido.
vai à lenha e volta
a novidade espera.
onde ir à água que a não deixes turva
e aonde te vais mostrar
que não te exponhas ao mundo?
da rama estéril, quem fala?
a inveja visa é lá, é onde tem.
hálito alheio:
memória da escória.
Amálgama de palavras, sons e imagens em busca de dias sempre leves ou escreve um poema e bebe um copo que isso passa
18 de setembro de 2010
15 de setembro de 2010
Com algum atraso fica o registo neste blogue do nascimento do Bebé Fausto da Silva Oliveira no dia 30 de Agosto. Agora a noção de tempo mudou radicalmente e espartilha-se pelas várias vertentes do admirável mundo da puericultura.
No plano da leitura o encontro com a narrativa de Sylvia Plath e as ilustrações de Rotraut Susanne Berner em O Fato do Tanto-Faz-Como-Fazia:
«O Max vivia com a Mãe e o Pai Nix e os seis irmãos numa pequena aldeia chamada Winkelburg, a meio de uma montanha íngreme. A montanha tinha três picos e em todos os três picos, tanto de inverno como de verão, havia uns chapéus de neve que pareciam mesmo três grandes cones de gelado de baunilha.
O Max gostava do sítio onde vivia.
O Max era feliz, à excepção de uma única coisa. Mais do que qualquer outra coisa no mundo, o Max Nix queria ter um fato só para si».
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