19 de dezembro de 2020

Carta ao Tomé

Kafka escreveu a carta ao Pai.

Eu escrevo ao António Tomé.

Quando dizia poesia, fui a uma feira de artesanato e conheci o Tomé!

Queria um colar da minha tatuagem do Om. Fazia esmalte, mas, na altura, estava também a fazer trabalhos em prata. Seguimos.

O Tomé era Alguém que nos fazia sorrir e que tornava tudo leve…

Professor primário, artesão, natural do Pinhão.

Foi uma Luz no meu mundo cinzento. Facilmente recreava dias perfeitos. Parou o meu tempo.


Obrigada Tomé:

- Pelo achigã que comemos e pescámos (odeio pescar);

- Quando me acompanhaste à FLUP para receber o prémio de curso;

- Por caminhares ao meu lado de olhar limpo.

(...)

Depois, a vida segue e afastámo-nos.

Deixei de ir a feiras de artesanato.

E um dia, ousei e perguntei por ti…. Queria muito que tivesses conhecido o F. ‘Tinhas tocado a campainha’ (private joke).

Recebi a notícia da tua viagem. Comprei um anel e agarrei-me a F.

Até já Tomé e faça o favor de olhar por nós =)

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