
A todos um bom ano e até já, já em 2009!
( )s
S.S.S.
Amálgama de palavras, sons e imagens em busca de dias sempre leves ou escreve um poema e bebe um copo que isso passa
Por cá, deixamos os nossos votos festivos e um excerto do autor supra citado incluso no livro Não te deixarei morrer, David Crockett:
«Que se libertem das realidades, das fantasias, dos sonhos, das aberrações os resistentes. Há que lhes facilitar o acesso à centrifugadora e se transformem num mosto, no fervente ácido isento de preconceitos».
«Sou um Deus e Deus sabe disso
E como era frequente nos poetas
Gregos Homero imita
As minhas figuras poéticas
De Virgílio e eu
Adoro lê-los como Camões
Heterónimo
Através da câmara vídeo
Que lhe instalei no coração».
Dia B com a aterragem na blogosfera, tendo como poiso O Teatro de Emma Santos:
Emma recomeça, um dia mais, mais um dia, sozinha... sozinha com o silêncio dos outros... sozinha com a solidão dos outros. A sós com as palavras, exaspera perante o grito que não soa mais, um grito silenciado pelo tempo.
Enquanto espectadora renuncia à realidade dual, a realidade exterior do primado normalizante das pessoas crescidas e a realidade interior dos afectos de mulher-criança. Onde jaz o sentido e a fúria de viver tudo uma e outra vez?!?
Resta a loucura de palavras e de desejos feita... resta o encontro com essa «mulher alta, inchada pelos medicamentos, semi-nua, só com um roupão de nylon acolchoado às flores roxas ou cor de rosa». Resta esse reencontro com o corpo desabitado e a alma ausente, sob o olhar do outro.
Pela mão de Emma, decifrar o mundo é suspender um presente imerso na consciência pela diferença, um ser cinzelado que eiva fantasmagoricamente e que avança mascarado.
E o que resta?
Recomeçar, um dia mais, mais um dia, sozinha... sozinha com o silêncio dos outros... sozinha com a solidão dos outros.
Até já.
( )s
‘Esperança’, essa coisa de penas feita – Que assenta na alma – E trauteia a melodia sem quaisquer palavras – E nunca pára, de forma al...