5 de fevereiro de 2009

O Inferno são os outros

Ainda ontem, ao ler Steinbeck, retive que há horas perigosas… Estranhei mas hoje, de manhã, auscultei o seu significado. A malta até acorda bem-disposta, toma banho e sai à rua para tomar café e eis que… há mesmo lugares estranhos e horas perigosas!

Convenhamos que devido a um acidente cromossomático nasci mulher mas que a parelha XX não dite o meu percurso. Beauvoir dizia que ninguém nasce mulher mas torna-se mulher. E isto parece acarretar alguns fardos, designadamente o do casamento e o da procriação. Pois bem, eu estou numa união de facto comigo mesma, por questões de subserviência, e não, não estou de esperanças.

A todos esses esgares, só posso retorquir com Camus: «Nas profundidades do Inverno, finalmente aprendi que dentro de mim existia um Verão invencível».

‘Esperança’, essa coisa de penas feita | Emily Dickinson

‘Esperança’, essa coisa de penas feita – Que assenta na alma – E trauteia a melodia sem quaisquer palavras – E nunca pára, de forma al...