13 de novembro de 2009


O marasmo impregna a cidade de Matosinhos.

No café em que escrevo estas notas, o número de clientes é inferior ao número de empregados que, entretanto, espreitam e comentam sobre o que nada acontece. Nem a vista do mar ou o tributo aos pescadores anestesia este sonambulismo envolvente.

Ao caminharmos pela Rua de Brito Capelo, prontamente sentimos a não-presença. Esta é bem pior que a ausência, pois pressupõe o amorfismo económico e sociocultural da cidade. Nem a passagem do metro colmata as sombras que deambulam perante lojas estranguladas. Em direcção a Matosinhos Sul, ainda nos sentimos tentados a enumerar os restaurantes e o semi-novo Teatro Constantino Nery. Não, nada de novo!

Matosinhos: um não lugar.

Ironicamente, ou não, o «homem do leme» faz-se ouvir...

‘Esperança’, essa coisa de penas feita | Emily Dickinson

‘Esperança’, essa coisa de penas feita – Que assenta na alma – E trauteia a melodia sem quaisquer palavras – E nunca pára, de forma al...