17 de novembro de 2009

«Pobre poeta, andas à caça das palavras», Isabel Meyrelles

Pobre poeta, andas à caça das palavras
e são elas que te caçam a ti,
bem podes armar-lhes ciladas,
és sempre tu que cais na armadilha,
a tua caçadeira tem mau olhado,
a tua caçadeira atira para os cantos,
a tua caçadeira atira no verso branco,
a tua caçadeira atira nos acrósticos
e mata os caligramas,
guarda a tua armadilha,
a tua caça cospe-te no olho,
vai antes caçar furtivamente
nas propriedades do teu feliz vizinho,
o poeta que sabe caçar
o pássaro azul.

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