5 de janeiro de 2010

Viver nos subúrbios é… é muito impressionante!

Nada melhor do que os narizes argutos que farejam a vida dos outros, sob olhares fortuitos, debitando teorias e teoremas, sob o signo universalmente aceite como sinónimo de aprovação/reprovação das condutas alheias.

É igualmente refrescante entrar num café e participar no concurso do berro, competindo com a própria televisão.

Podemos não conhecer as pessoas mas as descrições detalhadas, e elevadas aos pormenores mais íntimos, constituem pistas preciosas para a sua identificação. E há sempre um denominador comum aos tópicos de infindas conversações: maleitas e medicamentos; separações e infidelidades; mortes e cemitérios; economia e heranças (adoro particularmente este tópico em que todos palpitam refazendo os testamentos de terceiros).

A última cliente bem tinha razão ao exclamar: «o que é preciso é paz»! Pois por aqui, a paz passou ao lado e teima em não regressar…

‘Esperança’, essa coisa de penas feita | Emily Dickinson

‘Esperança’, essa coisa de penas feita – Que assenta na alma – E trauteia a melodia sem quaisquer palavras – E nunca pára, de forma al...