22 de janeiro de 2009

Após...
o visionamento de O Estranho Caso de Benjamin Button, quanto a nós um doce fragmento proporcionado por David Fincher, a noção de efemeridade e a inversão do ciclo do tempo [eu preferia a suspensão do momento; em que instante? Não sei, ainda não o vivi].
... recordamos com saudade as palavras de Eugénio de Andrade, em particular as notas escritas na Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa: «Santo Agostinho afirmou que a beleza é o esplendor da verdade. Gostaria que, onde o santo escreveu beleza, se lesse poesia. Assim, a poesia, toda a poesia, teria esse esplendor, o da verdade, e deste modo iríamos ao encontro de Goethe, para quem verdade e poesia sempre caminharam juntas. Só assim evitaremos que ela se torne na mais fútil das ocupações».

De encontro a essa verdade, transpomos o «Madrigal» in As Mãos e os Frutos (1948):

Tu já tinhas um nome, e eu não sei
se eras fonte ou brisa ou mar ou flor.
Nos meus versos chamar-te-ei amor.


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Salvador Dalí, Tristão e Isolda (1944)

‘Esperança’, essa coisa de penas feita | Emily Dickinson

‘Esperança’, essa coisa de penas feita – Que assenta na alma – E trauteia a melodia sem quaisquer palavras – E nunca pára, de forma al...