13 de março de 2009

Diário de Uma Estrela (de)Cadente

Tentaste ligar-me mas estava ausente, do telemóvel claro está, e tinha pouca bateria. Depois, insististe e acabei por atender. Disseste que te sentias só e que o teu corpo chamava por mim. Tentei aconselhar-te com leituras pessoanas, massagens de relaxamento e a toma de Xanax mas nunca me levaste a sério. E, no fundo, acho que tens razão! Não te quero mal mas gostava que me apagasses da tua vida, memória e do móvel idem. O meu limiar de tolerância também entrou em deflação e, pelo menos por uns tempos, seria agradável não ouvir a tua gaguez. A vida segue e estou bem, quer dizer, podia estar melhor mas é tudo tão fugaz… hoje, ainda pensei escrever um poema, daqueles instantâneos com citações à mistura, mas não tive tempo. Tive que levar o cão a passear, fazer uns contactos e arejar o guarda-roupa pois a Primavera espreita. E já devias saber que, como sempre, tenho que ter a ultima palavra, tal como a Meg Ryan na película «In the land of women». Viste? Oops, afinal o DVD é teu e foi por mim retido na ânsia de um novo encontro. Mas foste tão inconveniente com os meus amigos do yoga que resolvi não te convidar para mais nada. Ainda gostava de perceber o que tens contra os chakras e manvantaras. Depois, tentaste irritar-me quando alegaste que todas as matosinhenses ostentam bigode e que o Narciso Miranda já figura na rede Facebook e se calhar até cantarola no Twitter. Mas o que tens a ver com isso? Tu também entranhas as Novas Tecnologias. Gostava de continuar a escrever mas tenho que retomar os passeios com o cão pois não basta a comida light. Até já!

‘Esperança’, essa coisa de penas feita | Emily Dickinson

‘Esperança’, essa coisa de penas feita – Que assenta na alma – E trauteia a melodia sem quaisquer palavras – E nunca pára, de forma al...